Forma
A forma, ou plano, é formada pela união de várias linhas dispostas de forma a contornarem um espaço vazio, como se vê na figura abaixo. A forma delimita e separa um espaço então interno, de um espaço externo, infinito.
Linha
A linha constitui-se de uma sequência de pontos. Pode ser reta ou curva. A linha curva expressa suavidade, gradação, flexibilidade e existe abundantemente na natureza. Já a linha reta, angulosa, surge mais como resultado da ação humana e sua produção técnica.
Ponto
O ponto é o começo de tudo. O ponto gráfico é a base da linguagem visual. Simboliza a existência de algo sobre o nada. Expressa também demarcação, ou seja, literalmente, pontuação de algo importante. O ponto é um ótimo recurso gráfico para quando precisamos chamar a atenção do expectador para algum… ponto específico num trabalho de comunicação visual
Cores
As cores conferem intensa carga emocional à forma. Cada cor possui uma dramatização própria – muitas vezes chamada de psicologia das cores – e normalmente está associada a algum tema específico. Por exemplo o verde está muito relacionado à natureza e atualmente, a temas ecológicos. O amarelo está relacionado amplamente ao sol e ao ouro; à riqueza.
Contorno
Bordas ou contornos reforçam os limites da contorno. Quanto mais espessa a borda, mais agressiva fica a figura, porém isto depende também de outros fatores como o contraste entre a cor do preenchimento e a cor da borda ou ainda o tipo da linha – se é tracejada, pontilhada, etc.
Textura
A textura é um recurso amplamente utilizado na comunicação visual como simulação de materiais diversos na impressão em papel – e em outros veículos. Abaixo, uma forma quadrada simula a textura de granito. Assim como as cores, a textura sugere um forte envolvimento emocional com a real sensação de se estar na presença do material simulado.
Tom
O tom relaciona-se com contraste, explicado mais detalhadamente no fim deste artigo. O tom é expressado pelo grau de intensidade de um preenchimento – preto ou colorido – e está intrinsecamente fundamentado na relação luz e sombra.
Direção e Sentido
A disposição dos elementos de linguagem visual num plano pode conduzir o olhar a um certo sentido espacial. Linhas ou retângulos verticais repetidos podem sugerir a idéia de altura, elevação, elegância. Elementos mais horizontais expressam uma idéia de amplitude, de espaço e grande estabilidade. Elementos diagonais possuem uma forte instabilidade intrínseca. Parecem que vão cair a qualquer momento e devem ser usados sempre com cautela e boa justificativa – como tudo na comunicação visual. O triângulo amarelo abaixo demonstra claramente o sentido apontando à direita.
Movimento e Ritmo
O movimento na comunicação visual pode ser obtido através de vários recursos, porém todos estão associados à repetição de alguns elementos – ou seja, ao ritmo com o qual são repetidos. Abaixo observa-se claramente a queda do retângulo vermelho através da gradação do tom da cor e também através da repetição do elemento em posições específicas que apontam a queda. Já a bola azul expressa um nítido movimento horizontal à direita através da repetição de algumas linhas direcionais na horizontal em tom suave de cinza.
Volume e Perspectiva
A noção de perspectiva é obtida com a simulação de dois planos, com a criação de uma relação entre eles. No caso muito simples abaixo, observe que todas as linhas diagonais do cubo, isto é, as linhas que relacionam o primeiro plano ao plano de fundo, apontam para um mesmo ponto de fuga invisível no horizonte, ou seja, se as estendêssemos “para trás” do cubo, elas acabariam se encontrando num ponto em comum.
Sombra
O sombreamento é um recurso que ajuda muito a aludir à noção de 3D.
Negativo
O negativo é um recurso amplamente utilizado para a produção de efeitos e destaques nas peças de comunicação visual. O padrão com o qual os olhos estão acostumados é a cor branca ou clara de fundo com os elementos comunicacionais escuros no primeiro plano. O negativo constitui-se da inversão deste padrão, com o fundo escuro e os elementos do primeiro plano em cores claras. Não é recomendado para textos extensos porque é um efeito que cansa a visão pela pouca luminosidade que reflete (o preto, maioria na página, absorve luz) – sendo por tal motivo que a maioria dos livros e mesmo web-sites possuem fundos brancos e textos escuros.
Contraste
O contraste merece um espaço próprio porque na verdade ele é a base de toda comunicação visual. Contraste significa fundamentalmente distinção. É a distinção de um elemento em relação a outro. Na linguagem visual, o contraste se encontra essencialmente sob as seguintes formas:
Equillíbrio – Tensão Nivelamento – Aguçamento
Atração – Agrupamento Positivo – Negativo
É em relação a última forma listada que o contraste se encontra e é trabalhado mais frequentemente na comunicação visual. O contraste positivo/negativo é a propriedade visual que permite a distinção dos elementos em relação ao espaço circundante devido à diferença entre seus tons de luz. Para ser percebido, ou distinguido do entorno com nitidez máxima, o elemento, normalmente em tom positivo, terá que estar em meio a um entorno negativo. É o caso do quadrado na figura abaixo – esta em alto contraste, ou contraste máximo - em que o quadrado só é percebido porque está num tom (preto) inverso ao do entorno (branco). Quanto mais opostamente intenso o grau de intensidade de um preenchimento em relação ao espaço sob o qual se encontra, maior será o contraste. É o caso da figura abaixo que representa o máximo contraste que podemos obter – o preto sobre branco, em relação à segunda figura, em baixo contraste, mais abaixo:
Tom sobre tom
O efeito de tom sobre tom é basicamente um efeito de contraste, ou seja, um efeito no qual diferentes tonalidades de uma mesma cor são confrontadas, uma imediatamente após a outra, como pode-se observar abaixo. A figura acima não deixa de ser um gráfico com tom sobre tom também, porém gráficos assim costumam ser denominados como escala de cinza.